Buscar democratizar o acesso ao conhecimento científico tem movido centros de pesquisa, museus, universidades e canais de comunicação a empregar diferentes linguagens e abordagens para pensar a divulgação de seus conteúdos. No Brasil, a tendência chegou mais recentemente, mas já reúne representantes no campo acadêmico, sociedade civil e diferentes redes sociais.
Uma iniciativa relevante nessa direção é a do Instituto Serrapilheira, instituição com foco no apoio a pesquisas de excelência visando produção de conhecimento e ações de divulgação científica nas áreas das ciências naturais, da computação e da matemática. O Serrapilheira reuniu em setembro deste ano, no Rio de Janeiro, uma série de instituições nacionais e internacionais que atuam com essa temática por meio de diferentes projetos: da promoção de vivências científicas por estudantes e seus pais até sites que promovem a verificação da autenticidade e cientificidade de notícias disseminadas na internet. Confira aqui o programa especial da Globonews sobre esse evento.
Nas redes sociais e em canais de streaming, é possível ter acesso a uma série de instituições e coletivos que visam explicar conceitos científicos de forma lúdica, “traduzindo-os” para público leigo. Entre as propostas desenvolvidas no Brasil estão o Nerdologia, com mais de 2 milhões de inscritos no seu canal no Youtube, e que parte de temas e situações presentes em filmes, jogos e outros elementos da cultura pop para abordar fenômenos científicos. Exemplo disso é investigar como teria sido a viagem e a estadia dos astronautas do filme Perdido em Marte. Outra proposta é a do site Tuimp (The Universe in My Pocket - O Universo no Meu Bolso), que disponibiliza conteúdos sobre astronomia em linguagem que pretende atingir pessoas de 9 a 99 anos, com textos para impressão em formato de livretos de bolso. Também crescem a cada dia mais no país os podscasts com temas científicos,a exemplo do Alô Ciências, criado por pesquisadores de diferentes áreas do conhecimentos nos campos das ciências da Natureza e da Matemática e que já tem mais de 50 programas acessíveis.
A divulgação científica no Prêmio Respostas para o Amanhã
Dentre os principais objetivos do Prêmio, está a proposta de formular projetos a partir de pesquisas nas escolas escutando as comunidades. Esta importante recomendação para professores e estudantes busca reconhecer os conhecimentos que esses atores detêm e que são fundamentais para compreender o território e dar legitimidade às propostas. Compartilhar os processos investigativos e os resultados alcançados é outro dos objetivos desse programa.
Em razão disso, o Prêmio promoveu uma oficina de divulgação científica para todos os estudantes dos projetos vencedores nacionais e que participaram do Intercâmbio Científico-cultural entre os dias 23 e 26 de outubro, em São Paulo (SP). Realizada pelo GATU, consultoria com foco na disseminação de conteúdos científicos, a proposta apoiou os estudantes a identificar pontos importantes dos projetos que podem ser apresentados a suas comunidades, as possibilidades de formatos e a própria identificação do público que desejam atingir com sua comunicação, possibilitando sua aplicação ao retornarem às suas cidades e escolas.